O desemprego no Brasil atingiu a marca de 13,1%, no maior índice de desocupação desde o início da pandemia de coronavírus. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 12,4 milhões de brasileiros que estavam em busca de trabalho na última semana de junho. No comparativo com o levantamento anterior, são 2,6 milhões a mais de cidadãos sem uma ocupação formal.
Essa é só mais uma face cruel da pandemia, que além de por em xeque o sistema de saúde do mundo todo e provocar transmissão em massa dessa ainda misteriosa doença, fez ruir a economia e produtividade de muitos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Por mais que empresários busquem alternativas para preservar seus postos de trabalho – escorados eventualmente nas medidas provisórias e leis que permitem a suspensão temporária dos contratos e a redução de jornadas e salários – nem sempre é possível manter todos os profissionais no quadro.
E não devemos nos enganar imaginando que a demissão ocasionada pela pandemia é mais “branda” – como se estivesse justificada em uma situação macroeconômica, sobre a qual o empresário tem pouco a fazer. Não é bem assim: as demissões ocorridas nesta época são igualmente ou até mais desgastantes, porque o colaborador deixa a firma sem qualquer perspectiva de que será realocado brevemente.
É por isso que as demissões na pandemia devem ser evitadas, o tanto quanto possível.
Uma primeira alternativa, naturalmente, é valer-se das prerrogativas abertas pelo governo federal com aval do Congresso, e que possibilitam a flexibilização de determinadas leis trabalhistas ou a suspensão temporária dos contratos. Até junho, mais de 11,7 milhões de profissionais deixaram temporariamente seus empregos ou tiveram jornadas e salários reduzidos.
Socorrer-se destas possibilidades dá duas condições valiosas neste momento: tempo para pensar e fôlego financeiro.
Medidas tomadas no calor dos acontecimentos tendem a se mostrar equivocadas. Poder afastar temporariamente os funcionários a produção desaceleram é uma forma de preservá-los enquanto se pensa, com mais tempo, em estratégias de retomada.
Além disso, como o governo entra com uma parte das indenizações nos contratos suspensos ou reduzidos, é possível ganhar fôlego no caixa e diminuir o rombo nas contas da corporação.
Neste período, a empresa pode oferecer cursos de capacitação para os funcionários, que voltam com novas habilidades e ajudam a conduzir a firma para seu restabelecimento econômico.
Mas não é sempre que as medidas de preservação do emprego são suficiente para manter o time íntegro no meio dessa crise sem precedentes. Os pedidos de recuperação judicial e falência aumentaram 30% durante a pandemia. Para evitar o pior, os empresários promovem desligamentos para manter o caixa com alguma reserva.
Antes de tomar esta decisão, responde ao seguinte checklist?
Com parte dos profissionais em home office, é possível reduzir custos operacionais com a sede fixa, bem como reduzir os benefícios que os chefes e gestores de cargos operacionais recebiam.
Se a resposta é sim, temos um sintoma de que as demissões na pandemia irão prejudicá-lo em um futuro próximo. Aí, vale a pena segurar mais um pouco e aguardar os primeiros sinais de retomada da economia.
Ainda assim, vale lembrar que o Ministério da Economia autorizou a recontratação de profissionais demitidos no prazo inferior a 90 dias da demissão.
Se a crise o atingiu em cheio e a rescisão se torna inviável, novamente é melhor esperar para fazer o desligamento e evitar uma pendência judicial. Após a retomada, eventualmente você recupera o caixa para fazer a demissão ou até cria condições para manter o profissional.
O corte na folha de pagamento não pode vir desacompanhado de outras reduções de despesa e enxugamento da empresa. Se a ideia é apenas “economizar” com pagamentos de salário, talvez seja o caso de estudar uma redução completa nos custos do negócio. É preciso ter coerência: de nada adianta demitir dezenas de profissionais e continuar com uma estrutura portentosa.
Após responder a estas questões, se a demissão ainda lhe parece inevitável, seja transparente. Adote procedimentos mínimos de accountability com seu pessoal, exponha a situação complicada que acabou se desenhando na firma e não deixe ninguém sem informação. Se possível, promova um programa mínimo de referências e recolocação do pessoal em outras empresas e deixe, na medida do possível, uma boa impressão neste momento tão difícil.
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