O job rotation ganha força em corporações que valorizam a flexibilidade na condução das rotinas e tarefas.
Muita gente, no entanto, ainda tem dúvidas sobre como funciona esse modelo e se vale a pena adotar o job rotation no dia a dia da empresa.
Antes de mais nada, vamos a uma rápida definição.
Job rotation (ou rotação de tarefas), como o nome sugere, é o revezamento entre os profissionais em várias atividades dentro da corporação.
Em vez de se dedicarem a apenas um braço da organização, esses profissionais acabam percorrendo outros departamentos e cumprindo outras metas.
O modelo industrial, criado no contexto histórico chamado de “fordismo”, pressupõe que o trabalhador é encarregado de apenas uma parte da engrenagem de todo o sistema.
A crítica a esse formato é o engessamento imposto sobre as habilidades técnicas e pessoais do profissional, que tem pouca margem para aprendizagem e exploração de criatividade.
No auge desse sistema, considerado anacrônico, o profissional atua em uma atividade sem nem saber ao certo qual o produto final.
O job rotation prevê exatamente o oposto disso.
Aqui, o empregado tem condições de conhecer todo o processo ou pelo menos os sistemas que fazem parte de sua atividade profissional original.
A técnica é muito adotada em programas de estágio e trainee.
Em vez de mobilizar o corpo técnico da empresa para palestras longas e exaustivas sobre a rotina da organização, o RH apresenta uma espécie de excursionamento pelos locais estratégicos, sempre com foco na diversificação e na captação de talentos.
Devido ao êxito dessa experiência, o job rotation acabou expandindo sua atuação para os postos de trabalho convencionais.
Dá muito certo, mas é preciso ter alguns cuidados.
Como adotar o job rotation na empresa?
A primeira coisa é verificar se esse modelo “combina” com o porte e a atividade econômica da empresa.
Em geral, o job rotation costuma ser mais eficiente em empresas de médio e grande porte, com atividades semelhantes e complementares em redes de produção, como indústrias e empresas de tecnologia.
Organizações muito ligadas a atividades administrativas ou que exigem competências muito específicas em cada departamento são menos adeptas a esse formato.
O segundo passo é entender que a rotação não pode desviar o funcionário de sua atividade profissional e nem de seu cargo.
O desvio de função ou a exigência de trabalho em segmentos sobre os quais o cidadão não tem habilidade pode culminar em problemas de natureza trabalhista.
O terceiro passo consiste em preparar a equipe para esse formato, de maneira transparente e participativa.
Como se trata de um programa de flexibilidade, a delegação autoritária de cargos e funções costuma não combinar com isso.
Também é necessário criar um cronograma claro de revezamento, que não precisa ser permanente.
A equipe pode percorrer todas as áreas da firma e voltar sua estação original – ganhando em competências e entendimento sobre o processo global, sem perder a dimensão específica de seu trabalho.
Há muitas vantagens nesse formato, entre os quais:
- Maior percepção sobre todos os processos da empresa;
- Captação de talentos que eventualmente estejam mal posicionados;
- Engajamento e criação do espírito colaborativo;
- Aumento da sensação de pertencimento à empresa;
Como se vê, o job rotation apresenta muitas consequências positivas para a rotina organizacional, mas precisa ser bem planejado para que se garanta uma boa execução.
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