Estudo apresenta diagnóstico do teletrabalho no Brasil; confira os números no seu estado

Estudo apresenta diagnóstico do teletrabalho no Brasil; confira os números no seu estado

A maioria das pessoas em teletrabalho no Brasil tem entre 30 e 39 anos, é mulher, da cor branca e com nível superior. Este é apenas um dos achados das pesquisas mais recentes a respeito do perfil do teletrabalho no país, que observou aumento de funcionários desde que a pandemia de coronavírus começou.

No começo de agosto, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou dados que mostram o perfil médio das pessoas que estão em teletrabalho e algumas discrepâncias entre faixa salarial, gênero e setores público e privado.

De acordo com o Ipea, em junho, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam em atividade laboral remota. No setor privado, o percentual de pessoas nessa situação caía para 8%.

Em números absolutos, isso representa 3 milhões de funcionários públicos (200 mil a mais que em maio) e 5,7 milhões de “teletrabalhadores” da iniciativa privada (224 mil a menos que em maio). 

A constatação de que o setor público concentra maior percentual de servidores em teletrabalho vai ao encontro de outro dado: 50,7% das ocupações desempenhadas no serviço público são propensas a ser realizadas fora das repartições, enquanto apenas 18,6% das atividades da iniciativa privada têm condições de levar seu estafe para casa.

Na distribuição geográfica, o teletrabalho aumentou no Distrito Federal, no Rio Grande do Norte e em Sergipe e diminuiu no Amazonas e no Pará. 

São Paulo, maior estado da federação, é o que concentra a maior quantidade de profissionais atuando fora das instalações físicas de suas empresas. Em valores porcentuais, a liderança fica com o Distrito Federal, que concentra muitos funcionários públicos.

Confira os dados por Unidade da Federação:

Quantidade de pessoas em trabalho de forma remota e trabalho potencial por estado
Quantidade de pessoas em teletrabalho e trabalho potencial por estado.

Comércio e serviços são o setor da economia mais impactado pela necessidade de mandar seus funcionários para casa. Segundo o Ipea, 16% dos trabalhadores do comércio precisaram parar de trabalhar presencialmente, seguido dos colaboradores da indústria (11%) e agricultura (5%).

Distribuição das pessoas afastadas devido ao distanciamento social, pela atividade e setor público
Distribuição das pessoas afastadas devido ao distanciamento social, pela atividade e setor público (Em %).

“Nota-se uma retração no número de pessoas ocupadas afastadas em função do distanciamento social. Na análise comparativa do setor público com o setor privado, destaca-se a porcentagem de pessoas em trabalho remoto e afastadas no setor público, sendo a atividade de serviços a única que se aproxima desse número, entre as atividades do setor privado”, mencionam os autores do estudo.

A íntegra do relatório do Ipea pode ser conferida aqui.

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