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Cuidados com saúde mental garantem bem-estar durante a pandemia

O coronavírus pode ser considerado um fenômeno inédito no último século, de proporções ainda desconhecidas, e que provocou um turbilhão de emoções na cabeça de muita gente. Além das preocupações mais óbvias – com a saúde e com a vida financeira – é preciso ter como prioridade os cuidados com a saúde mental e o bem-estar físico. Afinal de contas, quando tudo isso passar, é necessário estar bem para retomar algum princípio de normalidade.

Saúde mental e equilíbrio emocional

O equilíbrio emocional em dias como os atuais não é algo simples de alcançar. As notícias não param de chegar e não são nada boas: a pandemia ainda não dá sinal de arrefecimento e as medidas de distanciamento social devem perdurar por mais tempo. Mais do que isso: se a vacina e/ou um tratamento eficaz não forem encontrados, é possível que estejamos sujeitos a quarentenas menores e intermitentes durante anos.

A recomendação de isolamento social nos levou de volta para casa, e isso, em vez de se tornar um aliado na busca pelo bem-estar, nem sempre é um fator que ajuda – porque a privação da liberdade e da rotina pode provocar desde oscilações de humor até a quadros de depressão.

Mas… Como enfrentar tudo isso com mais calma, sabedoria e inteligência?

Na verdade, não existe uma unica resposta, é preciso adaptar algumas dicas simples a seu estilo de vida e entender que algumas coisas funcionam para determinadas pessoas, e outras não funcionam. Mas, sem entrar em particularidades, o guia abaixo pode te ajudar:

Para manter a saúde mental resolva o que está a seu alcance

Se você não é médico, farmacêutico, biólogo ou pesquisador da área da saúde, dificilmente estará na linha de frente da busca pela solução do coronavírus.

Isso significa que a cura para a doença não está a seu alcance, assim como as grandes decisões que envolvem reabertura do comércio, distanciamento social, retorno das escolas, etc.

Essa incapacidade de oferecer respostas gera impotência – o ser humano, naturalmente, tem aptidão para buscar soluções em tempos de crise.

Busque, na medida do possível, olhar para um horizonte mais imediato, entendendo o que você pode fazer efetivamente para melhorar a sua qualidade de vida e das pessoas próximas.

Você não tem a solução para o coronavírus, mas pode criar uma rede de contatos de ajuda a pessoas mais velhas que não podem sair de casa – por exemplo.

A descoberta de uma vacina não passará pelas suas mãos, mas a solução dos pequenos problemas domésticos que você empurrava para debaixo do tapete passa. Que tal aproveitar esse tempo em casa para cuidar, quem diria… Da casa?!

Informe-se. Mas veja outras coisas

A desinformação é um mal que assombra o mundo atual. Convivemos com dezenas de mensagens enganosas que circulam todos os dias pelos aplicativos de mensagem e pelas mídias sociais. 

É imperioso buscar informação de qualidade, de preferência em fontes oficiais e/ou jornais que você considera relevantes e sérios. Na dúvida, busque mais de uma fonte, mas sempre com o espírito de entender que há gente competente buscando informação e há muita gente mal intencionada.

Pois bem, depois de se informar de maneira adequada, vá atrás de outros conteúdos, de preferência aqueles que lhe agrada. A cultura é um importante aliado: filmes, séries, músicas, livros, lives, o que não falta são produções simbólicas que preenchem a sensação de vazio e de inutilidade que muitas vezes nos acossa durante a pandemia.

Viva melhor sua saúde mental agradece

Parece egoísta sugerir algo assim enquanto milhões de pessoas estão perdendo os empregos e não sabem como vão tocar a vida daqui em diante.

É verdade – esta pandemia provocou uma crise econômica sem precedentes recentes, com impactos em muitas famílias mundo afora.

Ainda assim, é possível repensar alguns hábitos e sair deste momento um pouco melhor com relação, por exemplo, à alimentação.

Comida feita em casa é mais barata e saudável. Muita gente só está conhecendo a cozinha da residência agora, porque passava boa parte do dia fora e comia perto do trabalho. Talvez seja um bom empurrão para aprender a fazer comida, diversificar os pratos e reduzir o consumo de industrializados.

Isso também vale para a relação com a natureza e com o próprio corpo. Já que não é possível sair se exercitando por aqui, estabeleça metas de autocuidado que incluem não apenas a prática esportiva, mas a redução do consumo de bebida alcoólica, a reconexão espiritual para quem tem alguma crença e eventualmente a prática de meditação. São só alguns conselhos, mas sempre com esta meta: viva melhor.

Qualifique-se, sem obsessões

Todos seus amigos entraram em cursos, estão aprendendo outra língua, ingressaram em uma pós-graduação e aproveitaram a quarentena para concluir o mestrado?

Lembre-se das sábias palavras de sua mãe: você não é todo mundo.

A maioria, na verdade, nem tem esse pique todo para aprender tanta coisa enquanto o mundo está em marcha lenta. É óbvio que este período abriu margem para você se qualificar e aprimorar seus conhecimentos, mas cuidado para isso não virar uma obsessão. 

O isolamento também cansa, e é preciso descansar. Busque cursos que realmente vão te trazer aperfeiçoamentos pessoais ou profissionais, ainda assim, se quiser.

Ademais, não acredite em tudo o que as pessoas postam nas mídias sociais. Aliás, outro conselho? Reduza o tempo que você passa nas mídias sociais.

Repense seus hábitos financeiros

Você é daqueles que nunca conseguiu por em prática a regra 50-30-20 (50% da receita para gastos essenciais, 30% para despesas variáveis e 20% para investimentos)? Talvez seja a hora de começar a por isso em prática.

Claro, vale frisar novamente, a saúde mental depende da saúde financeira. Muita gente está passando por muitas dificuldades com a perda de emprego ou de salário, e aqui não estamos menosprezando esta realidade.

O que defendemos é que é possível repensar alguns hábitos financeiros e de consumo para começar a por algum tipo de investimento em mente ou cortar substancialmente os supérfluos.

Reduzir compras desenfreadas e até diminuir a produção de lixo, acredite, são práticas que podem lhe fazer bem.

Cuide-se e estimule o cuidado da sua saúde mental

Pode ficar em casa? Fique.

Precisa sair? Cuide-se.

Sem pânico, mas com muitas responsabilidades, entenda que o fim desta pandemia não virá de cima para baixo, e sim da combinação entre os avanços da ciência e a nossa colaboração enquanto cidadãos.

Entenda que esse esforço todo é um exercício de autocuidado e que estimular isso entre familiares e amigos é uma demonstração de afeto. Pessoas gostam de se sentir cuidadas, portanto ofereça um pouco de sua atenção para aqueles que lhe são importantes.

Como dissemos, não se trata de uma fórmula pronta. É possível inclusive combinar com outras recomendações, como as desta lista da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ninguém está a salvo de rompantes de tristeza e angústia, mas é possível passar por isso de maneira mais equilibrada. Sempre que isso parecer difícil, vale mentalizar a frase que deve nos mover nestes dias.

Vai passar. 

Quer saber mais sobre saúde mental e como enfrentar a pandemia de coronavírus? Acesse nosso blog, são matérias diárias para lhe manter ainda mais informado.

 

Este post foi modificado em 01/07/2020

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