O home office parece ter vindo para ficar em algumas ocupações, tragadas para dentro de casa em função da pandemia de coronavírus, e que na verdade se mostraram bastante adaptáveis à rotina domiciliar do funcionário. Essa migração, contudo, não é tão simples – e exige esforços concentrados por parte de empregados e empregadores para que o trabalho remoto não se transforme em um problema para uma das partes.
O cumprimento das obrigações profissionais dentro de casa trouxe algumas vantagens, como o ganho de tempo antes despendido no trânsito, a flexibilidade de horários e o aumento da produtividade em algumas funções. Por outro lado, há desvantagens, como a falta de limites entre as atividades domésticas e as ligadas ao trabalho e a fadiga causada pelo excesso de reuniões virtuais, batizada de “zoom fatigue”.
O empregador também viu alguns pontos positivos, como a diminuição dos custos operacionais da sede da empresa e a boa sensação causada pelo aumento da qualidade de vida do seu time. Contar com o comprometimento de todos a distância e as questões financeiras advindas da pandemia, todavia, respondem pelo aspecto negativo do novo cenário.
A seguir, listamos oito preocupações que as empresas devem ter em mente ao liberar os colaboradores para o home office, a fim de aliar a sustentabilidade do negócio com este perfil de trabalho.
Hoje todos têm internet e plenas condições de se conectar para trabalhar, certo?
Não é bem assim.
A empresa não pode pressupor que o funcionário tenha todas as ferramentas para desempenhar seu papel a distância.
De acordo com o texto da Reforma Trabalhista, aprovado em 2017, “as disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito”.
Em outras palavras, se o empregador exigir determinados dispositivos ou programas, precisa fornecê-los. Caso essa responsabilidade seja do empregado, isso deve estar estabelecido em contrato.
A Medida Provisória 927, editada durante a pandemia, permitiu a adoção do teletrabalho sem acordos individuais. A responsabilidade pela aquisição dos instrumentos de trabalho precisa ser disposta em um contrato assinado até 30 dias após a adoção do regime.
Eis um dos principais desafios.
No foro íntimo, os funcionários são pais e mães de família, filhos, têm outras obrigações a cumprir. Devem cuidar da casa, cozinhar, entreter crianças, entre uma infinidade de outras tarefas. Conciliar tudo isso com a jornada de trabalho não é fácil.
Aos empregados, cabe disciplinar regras de atuação profissional que comportem essa dinâmica que nasceu com a pandemia: filhos fora da escola, comida dentro de casa, etc.
Uma boa saída é programar reuniões com antecedência e estabelecer regimes de metas diárias e semanais – a metodologia scrum pode ajudar, e alguns aplicativos de gerenciamento de atividades também dão esse suporte.
Caberá ao funcionário pensar em sua rotina para cumprir todas suas obrigações.
Na empresa, os empregados se trajam conforme as regras da corporação. Traje social e uniformes são os mais comuns.
Em casa, não é bem assim.
Como o contato entre o funcionário e os colegas e patrões se dá basicamente por vídeo, o mais comum é que o trabalhador se vista de maneira adequada apenas da “cintura para cima”.
Tecnicamente, isso não é um problema – com exceção das eventuais gafes causadas pelas roupas mais confortáveis.
No entanto, as regras do home office exigem alguma disciplina que ajuda na separação casa x trabalho. Orientações sobre a forma ideal de se vestir devem ser claras e acordadas com os colaboradores.
Vestir-se adequadamente e se dirigir para um escritório ou estação de trabalho auxilia na sensação de que as coisas de casa não vão interferir naquele momento.
Por outro lado, trabalhar sempre de pijamas contribui para a procrastinação, por provocar uma falsa sensação de liberalidade.
A pandemia levou muita gente para a cozinha – um fenômeno positivo que diminui o consumo de alimentos industrializados e incentiva a diversidade à mesa.
Mas nem tudo é tão simples.
No dia a dia do trabalho, em geral as pessoas têm uma hora de almoço – o suficiente para se dirigir a um restaurante ou ao refeitório da firma.
Em uma hora, nem sempre dá para cozinhar, comer e lavar as louças – e muitos seguem comendo mal neste período. Além disso, trabalhar a alguns passos da geladeira e da despensa pode ser um convite para comer fora de hora. As incertezas da pandemia também provocaram vaivéns emocionais, aumentando o consumo de álcool.
Muita gente engordou fazendo home office.
E o que o empregador tem com isso?
A empatia já há algum tempo vem fazendo parte do itinerário das empresas modernas. Pensar no outro é o mínimo que se pede em um contexto civilizado, para além das questões hierárquicas.
Pragmaticamente, um funcionário com problemas de saúde também deixa de render o esperado, portanto é importante que a empresa compartilhe dicas de boas práticas alimentares, faça deste um tema de reuniões e mantenha o benefício de vale refeição ou alimentação.
Relacionado com o tópico anterior, este tema também demanda atenção. Fora das academias e dos parques, as pessoas estão mais sedentárias.
Na linha de aceitar alguma flexibilidade de horários, é interessante permitir que os trabalhadores se exercitem em casa ou onde conseguirem, contanto que não atrapalhe seus compromissos.
Um programa remoto de exercícios pelo menos duas vezes por semana, pode ser incentivado e organizado pela empresa.
A ergonomia dos escritórios vem ganhando espaço nos últimos anos, mas, como passamos muito tempo fora de casa, não pensamos na ergonomia de nossas residências.
Muita gente anda trabalhando em bancos e cadeiras de jantar, ou até em sofás e camas. Além de problemas ortopédicos e oftalmológicos, o excesso de improviso para se comunicar com a empresa cria outros transtornos, novamente ligadas à ausência de separação casa x trabalho.
Já falamos disso aqui. O equilíbrio emocional tem sido um desafio para muita gente, que precisa manter a rotina de trabalho e administrar as incertezas com a saúde e com o futuro da economia.
O retorno ao lar pode ter sido positivo, por propiciar mais contato para a família, mas também provocou muitas crises em relacionamentos provocadas pela convivência. Tudo isso resvala no trabalho.
Incentivar a busca pela saúde mental pode ser uma boa medida por parte da empresa, ainda que isso não seja sua atribuição original.
Já mencionamos no início que o home office pressupõe algum nível de flexibilidade – o que não significa falta de regras.
É possível controlar jornadas remotamente, por meio de softwares que gerenciam os dados dos funcionários, que acionam seus horários de “entrada” e “saída” por meio de dispositivos móveis e computadores. A control iD oferece o sistema RhiD, super completo para o controle de equipes remotas.No retorno ao trabalho presencial, a Control iD é a melhor aliada no fornecimento dos relógios de ponto mais confiáveis, razão pela qual é a líder neste segmento no mercado nacional. Com identificação biométrica ou via senhas e cartões, os equipamentos cumprem o disposto na legislação trabalhista.
Aqui no blog, você tem essas e outras dicas de RH, registro de ponto, automação comercial e controladores de acesso.
Este post foi modificado em 14/07/2020
Um programa de estágio bem-estruturado pode ser uma das ferramentas mais eficazes para atrair novos talentos e desenvolver futuros profissionais…
A gestão de pessoas é uma das áreas mais desafiadoras para as empresas, nesse contexto, os relatórios de ponto surgem…
No mês de novembro, a campanha Novembro Azul ganha destaque em todo o mundo, reforçando a importância da prevenção e…
Comentários