De acordo com dados mais recentes, a pandemia de coronavírus eliminou mais de 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil. Quando se soma com o pessoal que já estava sem emprego antes da crise, o número de cidadãos sem carteira assinada passa dos 12 milhões. Muita gente já busca uma recolocação, mas não é fácil recomeçar em meio a um turbilhão como o que estamos enfrentando. Neste post, reunimos as orientações mais importantes para quem quer estar empregado quando a pandemia passar.
As dicas levam em conta quatro aspectos, essenciais para um processo de readaptação profissional, como o que grande parte dos trabalhadores brasileiros vai enfrentar daqui em diante: emocionais, ocupacionais, intelectuais e operacionais.
Passamos a falar rapidamente sobre cada uma delas.
Essa é sem dúvida a mais difícil de administrar.
A perda de um emprego é sempre uma situação complicada, ainda mais quando mais pessoas dependem de você para a subsistência.
Em meio à pandemia, a demissão pode ser ainda mais ruidosa, porque não se sabe ao certo quando tudo isso vai terminar e, principalmente, de que forma. Não temos nem mesmo a noção sobre quais carreiras continuarão relevantes no futuro breve e quais precisarão passar por uma forte revolução.
O ser humano tem grande necessidade de controle sobre seus gestos, suas ações e seus planos para o futuro. Como a pandemia pôs tudo isso a perder, a sensação de angústia aumenta.
O equilíbrio emocional precisa ser edificado para que o trabalhador consiga reagir. Para isso, é necessário consolidar o entendimento de que: a) a pandemia não foi provocada por você; b) sua demissão não tem nada a ver com competência; c) as empresas também vão precisar se recompor e, para isso, farão novas contratações.
Por isso… Nada está perdido.
Apegue-se a estes lemas, invista em sua saúde emocional e acredite que nada teria mudado não fosse essa situação tão complexa, que pegou a todos de surpresa.
É óbvio, mas acreditar em você não é opcional.
Aqui você deverá ficar atento ao futuro da sua carreira no pós-pandemia para conseguir um emprego.
Você tem uma formação? Se sim, procure artigos confiáveis sobre as mudanças pelas quais sua profissão vai passar nos próximos dias – se o trabalho vai migrar para o home office, se alguns postos de trabalho estarão mais relevantes que outros e se serão exigidas mais ou menos habilidades para desempenhar suas funções daqui em diante.
Entender o seu novo perfil de carreira no pós-pandemia seria necessário para saber quais vagas prospectar.
Estude a fundo essas transformações: artigos científicos sobre as transformações na sua área do conhecimento, pesquisas feitas nos ambientes corporativos, informativos sindicais, tudo vale para dar uma noção básica sobre o futuro próximo.
Um exemplo?
A docência.
Professores universitários antes buscavam dar aulas em um raio próximo de atuação, para conseguir se deslocar pouco entre as suas faculdades.
Agora, com o avanço quase certo do EaD, nada impede buscar vagas em outros estados, por exemplo.
Empregado há tanto tempo, você provavelmente tenha descuidado de sua formação, e aqui não falamos apenas de sua formação na carreira não, mas também se seu repertório cultural.
É complicado, nos primeiros dias pós-demissão, pensar em estudar e fazer outros cursos. Mas, passadas algumas semanas, o investimento em uma capacitação mínima pode ser a energia que faltava para a recolocação no mundo do trabalho.
Quando tudo passar, você sairá melhor e mais forte do que quando entrou.
Com maior vigor emocional e entendimento sobre a carreira e o repertório, é hora de prospectar as vagas e encontrar um emprego para você.
Crie um perfil competente e honesto em redes sociais profissionais e, em paralelo, divulgue sua pretensão de se recolocar a antigos colegas e pessoas que sabem de seu potencial. Prospecte vagas sem preconceito e amplie o raio de atuação, considerando o incremento do home office.
Crie metas: na semana 1, recompor seu currículo e buscar empresas; na semana 2, entrar em contato com serviços de recrutamento e disparar currículos; na semana 3, buscar informações sobre a situação da sua empresa na retomada da economia. Ao final de menos de um mês, você estará “na praça” de novo, mais forte e cioso de seu potencial.
Não é fácil reconstruir uma carreira – mas pense que, desta vez, você estará se recompondo enquanto o mundo todo também se reconstroi. É um aprendizado, sem dúvida muito duro, mas que pode também ser mote de um novo emprego e uma nova fase em sua vida.
E isso você não perde nunca.
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