Entre as tendências de controle de acesso passada a pandemia de coronavírus, um sistema que começa a ganhar importância é o que utiliza os dispositivos móveis para franquear entradas e saídas (credenciais remotas). Pesquisa realizada com empresários norte-americanos revelou que este modelo é considerado seguro e funcional por grande parte dos entrevistados.
A premissa é simples: a maioria da população adulta nos países desenvolvidos e em desenvolvimento possui um telefone celular ou outro dispositivo móvel. Em média, esses equipamentos são desbloqueados até 150 vezes por dia!
Enquanto isso, os cartões de acesso utilizados para liberar entradas e saídas em empresas e outros estabelecimentos podem ser perdidos, furtados, emprestados ou fraudados.
A pesquisa entrevistou 1,2 mil gestores e empresários nos Estados Unidos e revelou:
Há muitas vantagens no controle de acesso remoto, entre as quais o fato de que as chances de o usuário emprestar ou perder seu telefone ou smartwatch são bem menores do que as senhas e os cartões convencionais.
Além disso, como o acesso é franqueado a partir do mero reconhecimento do dispositivo, há menos contato físico empregado na operação do que nos sistemas convencionais, como na leitura biométrica.
A adoção desses mecanismos preventivos deve permanecer depois da pandemia, e a mitigação de situações que empregam contato e proximidade deve ser uma premissa das grandes corporações.
Apesar da ampla disseminação de aparelhos móveis entre os cidadãos norte-americanos, o uso desses equipamentos para controle de acesso ainda é aquém das possibilidades. Apenas 5% dos entrevistados adotam seus celulares ou outros dispositivos para esta finalidade.
É certo que esta nova ferramenta também apresenta desvantagens. O usuário deve sempre se certificar de que o celular está carregado, por exemplo. A cada troca de aparelho, se faz necessário atualizar as credenciais do interessado.
Nada impede ainda que o cidadão seja coagido a entrar em determinado estabelecimento por um criminoso, o que exige que o sistema esteja sincronizado com algum botão de pânico – o que já existe em leituras biométricas convencionais.
Os custos de instalação também não são muito convidativos: os entrevistados desta mesma pesquisa revelam que pagariam até US$ 1 mil por um sistema de controle de acesso gerenciado por smartphones, o que é não é factível no mercado dos Estados Unidos, dada a complexidade empreendida na operação.
Ainda assim, trata-se de um instrumento que tende a ser utilizado com maior frequência no controle de acesso pós-covid, pelas razões já expostas: diminuição de contato físico e a universalidade destes dispositivos.
Há uma grande tendência de que os smartphones assumam papel preponderante com a expansão da internet 5G e da Internet das Coisas (IoT), ampliando ainda mais as ferramentas disponibilizadas por estes objetos.
O controle de acesso deve ser uma delas, ainda que de forma complementar.
Este post foi modificado em 09/09/2020
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