Credenciais remotas e o controle de acesso no mundo pós-pandemia

Credenciais remotas e o controle de acesso no mundo pós-pandemia

Controle de acesso pós-covid inclui credenciais remotas

Entre as tendências de controle de acesso passada a pandemia de coronavírus, um sistema que começa a ganhar importância é o que utiliza os dispositivos móveis para franquear entradas e saídas (credenciais remotas). Pesquisa realizada com empresários norte-americanos revelou que este modelo é considerado seguro e funcional por grande parte dos entrevistados.

A premissa é simples: a maioria da população adulta nos países desenvolvidos e em desenvolvimento possui um telefone celular ou outro dispositivo móvel. Em média, esses equipamentos são desbloqueados até 150 vezes por dia!

Cartões como credenciais remotas

Enquanto isso, os cartões de acesso utilizados para liberar entradas e saídas em empresas e outros estabelecimentos podem ser perdidos, furtados, emprestados ou fraudados.

A pesquisa entrevistou 1,2 mil gestores e empresários nos Estados Unidos e revelou:

  • 41% deles usam cartões de acesso para entrar em seus escritórios. A mesma quantidade revelou que smartphones e smartwatchs poderia ser a primeira opção, se estivessem habilitados para tal;
  • Os dispositivos de controle de acesso serão ainda mais importantes depois da pandemia na avaliação de 44% dos entrevistados;
  • 3 em cada 4 executivos usam chaves ou cartões e mais de 40% revelaram que seus objetos foram perdidos ou furtados e 34% permitiram que fossem emprestados;
  • 75% dos entrevistados gostariam de ter uma solução adicional em seus mecanismos de controle de acesso, mas 1 em cada 4 acreditam que os custos dessa operação são proibitivos.

Vantagens do controle de acesso e credenciais remotas

Há muitas vantagens no controle de acesso remoto, entre as quais o fato de que as chances de o usuário emprestar ou perder seu telefone ou smartwatch são bem menores do que as senhas e os cartões convencionais.

Além disso, como o acesso é franqueado a partir do mero reconhecimento do dispositivo, há menos contato físico empregado na operação do que nos sistemas convencionais, como na leitura biométrica. 

A adoção desses mecanismos preventivos deve permanecer depois da pandemia, e a mitigação de situações que empregam contato e proximidade deve ser uma premissa das grandes corporações.

Apesar da ampla disseminação de aparelhos móveis entre os cidadãos norte-americanos, o uso desses equipamentos para controle de acesso ainda é aquém das possibilidades. Apenas 5% dos entrevistados adotam seus celulares ou outros dispositivos para esta finalidade.

Prós e contras das credenciais remotas 

É certo que esta nova ferramenta também apresenta desvantagens. O usuário deve sempre se certificar de que o celular está carregado, por exemplo. A cada troca de aparelho, se faz necessário atualizar as credenciais do interessado. 

Nada impede ainda que o cidadão seja coagido a entrar em determinado estabelecimento por um criminoso, o que exige que o sistema esteja sincronizado com algum botão de pânico – o que já existe em leituras biométricas convencionais.

Os custos de instalação também não são muito convidativos: os entrevistados desta mesma pesquisa revelam que pagariam até US$ 1 mil por um sistema de controle de acesso gerenciado por smartphones, o que é não é factível no mercado dos Estados Unidos, dada a complexidade empreendida na operação.

Ainda assim, trata-se de um instrumento que tende a ser utilizado com maior frequência no controle de acesso pós-covid, pelas razões já expostas: diminuição de contato físico e a universalidade destes dispositivos.

Há uma grande tendência de que os smartphones assumam papel preponderante com a expansão da internet 5G e da Internet das Coisas (IoT), ampliando ainda mais as ferramentas disponibilizadas por estes objetos. 

O controle de acesso deve ser uma delas, ainda que de forma complementar.

 

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