Nem todo mundo sabe disso, mas a forma como andamos é bastante particular e dificilmente será repetida por outra pessoa. Por isso, o “jeito de andar” é mais uma característica incorporada ao reconhecimento biométrico – estratégia de identificação baseada em traços individuais e irrepetíveis.
Tecnologias sustentadas em “gait recognition” (reconhecimento de caminhada) levam em conta um conjunto de fatores que formam uma espécie de “desenho” do modo de andar da pessoa – dos pés à cabeça.
São mapeadas, portanto, características como formato dos pés e tipo de pisada, distância entre as pernas e comprimento dos membros, evolução do quadril, postura corporal, trejeitos com os braços, entre outros pontos. Ao todo, são mais de 20 movimentos mapeados e identificados em conjunto.
A ideia é que, embora seja possível imitar ou até ter um ou outro fator igual às demais pessoas, é praticamente impossível reproduzir com exatidão todos os movimentos corporais durante o andar.
Há várias vantagens e algumas desvantagens neste método de reconhecimento.
Entre os pontos positivos está o fato de não ser mais necessário filmar o rosto de alguém para identificá-lo. Isso significa que criminosos que empreendam um roubo com o rosto coberto podem ser identificados de outra forma.
Além disso, o reconhecimento pelo “jeito de andar” pode ser feito a uma distância superior à identificação facial – ou seja, se por um lado é impossível registrar um rosto de alguém que esteja muito longe do dispositivo, por outro é mais fácil visualizá-lo e reconhecer sua identidade apenas pela forma como ele anda.
O sistema tem até 94% de confiabilidade, de acordo com os primeiros testes realizados na China. Embora esse patamar lhe dê viabilidade comercial, ainda é necessário conciliá-lo com outros recursos biométricos. No Japão, os primeiros experimentos começaram há cinco anos.
Entre as desvantagens está o fato de que o sistema ainda é caro, porque os cidadãos precisam registrar seus padrões de caminhada em almofadas com sensores digitais, para só então ser reconhecidas posteriormente.
De todo modo, trata-se de um avanço que sinaliza para a identificação plena e universal dos cidadãos em um futuro próximo – e de um enorme passo, com perdão do trocadilho, nas formas de reconhecimento biométrico.
O SFootBD é um dos sistemas mais conhecidos de verificação pelo jeito de caminhar. Por meio da inteligência artificial, cientistas britânicos desenvolveram uma tecnologia capaz de reconhecer 120 pessoas “apenas” pela forma como caminham – após captar mais de 20 mil passos durante um teste.
Os experimentos foram conduzidos em aeroportos e em outros locais de grande movimento, e tiveram uma peculiaridade: até impostores que fingiam se passar pelo verdadeiros donos da caminhada foram incluídos, e o resultado foi impressionante: a identificação acertou em 99% dos casos, uma prova incontestável de sua eficiência.
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Este post foi modificado em 27/05/2020
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